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segunda-feira, 23 de junho de 2014

Dizer “obrigado” com sentimento

John Horvat II



Como alguém se destaca hoje em dia?
Escreva uma nota de agradecimento. Não, não é um e-mail de agradecimento, mensagem de texto ou tweet. Exclua múltiplos pontos de exclamação (!!!!!), letras maiúsculas e emoticonsidiotas – que atraem a atenção, mas falham em transmitir significados. Tudo isso tende a se perder nas listas e nas agendas frenéticas da atualidade.
Em vez disso, destaque-se em mostrar personalidade através do calor de uma nota escrita à mão. Esse é o conselho de muitos que observam a primazia das redes sociais. Tais sentimentos não são apenas nostalgia. Há uma tendência (dentro da sociedade de hoje) que favorece as notas manuscritas. Algumas pessoas estão começando a valorizar a oportunidade de parar, sentar e pensar sobre as coisas. Há um anseio para o toque humano – e não para os toques de um teclado.
De fato, as notas escritas estão voltando com força. Os donos de papelarias relatam um crescente interesse após anos de declínio. O Encontro Nacional dos Donos de Papelaria será realizado em Nova York, com 800 expositores, e 12 mil participantes são esperados. Histórias do fracasso dos bilhetes escritos são, portanto, prematuras. Definitivamente, existem aqueles que mantêm as notas vivas e bem.
Um agradecimento por escrito comunica uma mensagem. Transmite ideias de deliberação, intenção e afeto. Notas escritas forçam a pensar numa declaração estruturada, que exige boa gramática, caligrafia expressiva e uma ortografia decente. Não se pode simplesmente sair correndo de um pedaço de texto, sem uma gramática apropriada, como frequentemente encontramos em muitas das comunicações eletrônicas atuais. Além disso, a irregularidade da caligrafia projeta a personalidade do remetente, numa explosão de nuances que pode ser lida nas entrelinhas. A experiência de uma nota de agradecimento atinge o lado emocional e fortalece laços humanos (na vida pessoal e nos negócios).
Em um mundo tão frenético e fora de equilíbrio, não é disso que precisamos? Qualquer retorno à ordem pede o restabelecimento desse elemento humano, que torna a vida em sociedade mais agradável. Além disso, as ligações pessoais – expressas em comoventes gestos de gratidão – ajudam a construir o capital social que compõe o coração e a alma de qualquer economia verdadeira e equilibrada.
O espírito por trás das notas reforça todas as coisas que realmente importam, como honra, cortesia e dever. Tais tradições duradouras têm um poder de permanência, uma vez que não podemos excluí-las de imediato (como faríamos com um e-mail). Mais frequentemente, elas são como notas manuscritas que persistem sobre a mesa, convidando o destinatário a lê-las e/ou relê-las. Em meio ao deserto digital, onde e-mails e mensagens de texto são como areia movediça, a nota manuscrita é um refrescante oásis.
***
Há alguma carta, escrita à mão, que você recebeu e impactou sua vida? Por favor, conte-nos a história nos comentários.
(Tradução: Fabio Ramos)

domingo, 22 de junho de 2014

Importante passo rumo ao modelo venezuelano



COMUNICADO


Importante passo rumo ao modelo venezuelano


O País atravessa momentos de turbulência político-social, inéditos e perplexitantes. Tensões, boa parte delas induzidas, marcam o dia a dia do noticiário. A atmosfera psicológica do Brasil está saturada e nem sequer o clima, habitualmente distendido que cerca uma Copa do Mundo, ainda mais realizada em território nacional, escapou a tais deletérias influências.
A população tem assistido, estupefata, à realização de greves em serviços essenciais, muitas delas declaradas abusivas pela própria Justiça, que impõem graves inconvenientes e perturbações aos brasileiros ordeiros, que labutam e produzem nos grandes centros urbanos; tais greves têm gerado insegurança, que se traduz em depredações de bens públicos e privados e até em saques.
Grupos de chamados “sem-teto”, altamente treinados e organizados, inclusive com a presença de estrangeiros, invadem terrenos e prédios urbanos, sendo recebidos, após seus atos criminosos, por autoridades – até mesmo pela Presidente da República – tornando assim o poder público e a sociedade refém de seus desígnios ideológicos.
Marchas do MST e de reais ou fictícios indígenas, manipulados por ONGs ou instituições como o Conselho Indigenista Missionário-CIMI ou similares, fazem encenações de enfrentamentos com policiais, registradas em fotografias que percorrem o mundo, transmitindo a falsa idéia de um Brasil que se contorce em estertores sociais e raciais.
Por outro lado, grupos extremistas anti-sistema, estilo “Black Bloc”, promovem atos de protesto – por causas poucos definidas – espalhando a violência urbana, planejada e calculada, de modo a lançar o caos e atacar símbolos do capitalismo, no exercício do que qualificam como “ilegalidade democrática”.
Por fim, diante do alastrar-se de fatores de incompreensão e de indignação, nas camadas profundas da população, em relação ao governo da Presidente Dilma Rousseff e ao Partido dos Trabalhadores, vozes como a do ex-Presidente Lula tentam disseminar um clima de luta e de ódio de classes, tão avesso ao sentir do brasileiro comum.
*  *  *
É neste contexto tumultuado que surge um gravíssimo ataque às instituições e à ordem constitucional vigente, perpetrado através do Decreto presidencial nº 8.243, cuja efetivação poderia ser qualificada com uma tentativa de golpe de Estado incruento.
Editado pela Presidência da República no dia 23 de maio p.p., e publicado no Diário Oficial três dias depois, estabelece ele a “Política Nacional de Participação Social” e o “Sistema Nacional de Participação Social”.
Sob o disfarce de tratar da organização e funcionamento da administração pública – invocando para tal até dispositivos constitucionais – e alegando que o sistema representativo contém falhas, o governo do Partido dos Trabalhadores, via decreto, tenta implementar um novo regime de organização do Estado, o qual visa “consolidar a participação social como método de governo”.
Manejando habilmente sofismas e falácias sobre a “democracia direta”, valendo-se de definições e disposições vagas, o Decreto submete a Administração Pública, em seus diversos níveis, aos “mecanismos de participação social”.
Os “conflitos sociais”, como, por exemplo, invasões de terras, de imóveis urbanos, de demarcação de terras indígenas, – tantos deles gerados artificialmente – serão mediados por elementos do governo e setores da sociedade civil, controlados por “coletivos, movimentos sociais, suas redes e suas organizações”.
E a Secretaria-Geral da Presidência da República dirigirá uma burocrática e coletivista estrutura de conselhos, conferências, comissões, ouvidorias, mesas de diálogo, etc.
O Decreto 8.243 – que já chegou a ser comparado a um decreto bolivariano ou bolchevique – torna obsoletas as instituições do Estado de Direito, criando organismos informais (ou quase tanto) que condicionarão o Judiciário, o Legislativo ou o próprio Executivo.
Como é de conhecimento público, em grande medida tais “movimentos sociais”, “coletivos” ou grupos da dita sociedade civil são influenciados, orientados e financiados pelo Partido dos Trabalhadores, pela “esquerda católica”, bem como pelo próprio governo.
Fica assim instituído um sistema paralelo de poder, que consagra na prática uma ditadura do Executivo, na pessoa do Secretário-Geral da Presidência da República, atualmente o ex-seminarista Gilberto Carvalho, quem habitualmente faz a ponte entre o governo e a CNBB.
*  *  *
 A Presidente da República tenta desta forma impor ao País metas político-ideológicas do PT – alimentadas nos Fóruns Sociais Mundiais – e sempre repudiadas pela maioria dos brasileiros.
Desde há muito, certo tipo de esquerda – e sobremaneira a esquerda petista no poder, influenciada em maior ou menor grau pelo progressismo católico – tenta subverter o exercício do regime “democrático”. Fiel a suas velhas convicções socialo-comunistas, eriça-se contra as instituições do que qualifica de “democracia burguesa”, tentando vender a idéia de uma democracia direta e participativa, como mais autêntica e popular.
Já no primeiro mandato do Presidente Lula, enquanto o País estava embalado pela pseudo-moderação do projeto político de mudança do Brasil, expresso na Carta ao Povo brasileiro, o programa “Fome Zero” fazia uma primeira tentativa de instaurar no Brasil “conselhos populares” que, como alertaram certas vozes na época, mais não eram de que uma reedição dos conselhos da revolução cubanos ou dos coletivos chavistas.
Mais à frente veio a tentativa de controlar a imprensa pelo mesmo mecanismo de conselhos, manipulados por “movimentos sociais”.
O PNDH3, baseado numa vaga e abrangente política de Direitos Humanos, constituiu nova tentativa de impor ao País um controle da sociedade e das instituições do Estado, por conselhos.
Por ocasião das manifestações de junho de 2013, a Presidente Dilma Rousseff em discurso televisionado a todo o País, voltou a acenar com o tema da democracia direta e a “voz das ruas”. Veio, logo em seguida, a tentativa de impor ao País uma Constituinte específica para a reforma política.
*  *  *
De todos os quadrantes da sociedade se têm erguido vozes que apontam o grave perigo criado ao futuro político do Brasil pelo Decreto presidencial nº 8.243. No Congresso Nacional há movimentos pronunciados para inviabilizar ou derrubar o referido Decreto. Outros setores ensaiam movimentos para recorrer ao Supremo Tribunal Federal, reclamando da inconstitucionalidade de tal Decreto.
O governo veio a público defender a medida, sempre baseado em subterfúgios e, segundo informa a imprensa, não está disposto a recuar. Aproveitando-se do período em que as atenções de muitas pessoas estão voltadas para a Copa do Mundo, contando ainda com já tão próxima campanha eleitoral, Dilma Rousseff e seus assessores no Planalto e no PT, parecem decididos a apostar no golpe institucional.
*  *  *
Quando dos trabalhos da Constituinte de 1988, o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira publicou a obra “Projeto de Constituição angustia o País”. Nele alertava para o fato de que elementos de nossa classe política, divorciados dos verdadeiros anseios do Brasil profundo, iriam arrastando inexoravelmente o Brasil para o esquerdismo radical.
E admoestava ainda que cada vez mais raros seriam os partícipes da farândola reformista da esquerda, “ganhos gradualmente pelo sentimento de inconformidade e apreensão nascido, a justo título, das camadas mais profundas da população”.
O Decreto nº 8243 é, por certo, um grave exemplo dessa obstinação ideológica. A inconformidade, ainda que silenciosa, é também uma realidade que cresce, apesar das máquinas de propaganda tentarem menosprezá-la ou distorcer-lhe o sentido.
O Instituto Plinio Corrêa de Oliveira faz um apelo às forças vivas da Nação para que, num concerto geral dos espíritos clarividentes, alertem para o perigoso rumo ao qual nos encaminha o Decreto 8.243, obstruindo-lhe legalmente o caminho.
Caso não seja derrubado, o Decreto nº 8.243 terá operado uma transformação radical nas instituições do Estado de Direito, esvaziando o regime de democracia representativa, deixando o País refém de minorias radicais de esquerda e de ativistas, abrindo as portas para a tão almejada fórmula do atropelo e do arbítrio, típica dos regimes bolivarianos.

Adolpho Lindenberg
Presidente do Instituto Plinio Corrêa de Oliveira

A União Europeia ante um grande dilema: mudar de rumo ou afundar no caos?

Carlos Eduardo Schaffer



Entre 20 e 25 de maio, nos 28 países membros da União Europeia (UE), foram eleitos os 751 deputados que comporão o Parlamento Europeu [FOTO] no período deliberativo 2014-2019.
Os tradicionais partidos europeístas foram os grandes derrotados: o Partido Popular Europeu (PPE), de orientação cristã-democrata, perdeu 61 cadeiras, ficando com 213; o Partido Socialista Europeu (PSE) perdeu seis, ficando com 190; a Aliança Liberal Democrata perdeu 19, ficando com 64; e a Aliança dos Conservadores Reformistas perdeu 11, ficando com 46.
Entre os vencedores estão o Partido da Esquerda Europeia, que ganhou sete cadeiras, ficando com 42; e o Partido Europeu da Democracia e da Liberdade (EFD na sigla em inglês), que também ganhou sete, ficando com 38; os sem partido, que eram apenas 33 no período anterior, passaram a 105. Nesses grupos encontra-se boa parte dos chamados eurocéticos — aqueles que advogam a retirada de seus países da União Europeia ou, ao menos, tão profundas modificações no organismo que o tornem apenas uma liga de nações inteiramente independentes com moedas próprias.
Eurocéticos encontram-se também nos dois maiores partidos, o PPE e o PSE. Com diferentes matizes eles constituem, no conjunto, quase um terço dos membros do Parlamento. O mais famoso eurocético é Nigel Farage, do EFD na sigla em inglês (Europa da Liberdade e da Democracia), eleito na Inglaterra pelo UKIP (United Kingdom Independence Party). Seu partido obteve 27,5% dos votos, ficando os Trabalhistas com 25,4% e os Conservadores com 23,9%.

Um psy-terremoto na Europa

Na França, o Front Nacional, de Marine Le Pen, de orientação eurocética e facistoide, ganhou 26% dos votos, contra 20% do UMP (Union pour un Mouvement Populaire, de Nicolas Sarkozy) e apenas 14% do Partido Socialista, de François Hollande. A vitória do Front Nacional causou na política francesa um abalo semelhante ao de um terremoto de grau 10 na Escala Richter, abalando-a profundamente.
Outros países em que partidos com fortes críticas à UE ganharam muito terreno foram a Dinamarca, onde o Partido Popular, de Morten Messerschmidt, obteve 26,6% dos votos; a Hungria, onde o Fidesz, do primeiro-ministro Viktor Orban, alcançou 51,5%, e o Jobbik, de Gábor Vona, 20,5%; a Alemanha, onde o AfD (Alternative für Deutschaland), partido recém-fundado que com 7% dos votos coloca sete dos 91 deputados que representam a Alemanha.

Como explicar esta vitória dos eurocéticos?

Por fatores que nos últimos anos vêm crescendo em importância, estas eleições colocaram a UE diante de um dilema, de modo muito mais claro do que nas anteriores: continuará firme no rumo que vem tomando até aqui, apesar do crescente descontentamento de boa parte de seus 400 milhões de eleitores, ou será obrigada a rever suas metas? Isto poderá ser para a UE uma questão de vida ou morte.
Inúmeras são as crises que se avolumam em seu interior. A que mais se faz sentir nos noticiários, mas sem que por isso seja a mais importante, é a econômica. Organismo de características nitidamente totalitárias e socializantes, a UE possui uma máquina administrativa enormemente dispendiosa, “fazendo mal o bem que faz, e bem o mal que faz”, segundo o axioma popular que assim descreve os maus governos. A Máquina não pára de crescer, criando sempre novas comissões, serviços, representações, etc.
Em seu afã de crescer territorialmente sem cessar, a UE tem admitido a cada ano novos países membros, não raro com economias deficitárias que necessitam sempre maiores apoios financeiros do Banco Central Europeu para sobreviver. A adoção do Euro por vários desses países impede-os de ajustar suas economias por conta própria, com taxas de câmbio variáveis ou permitindo alguma inflação.

Uma nova União Soviética?

Causa muito descontentamento nas respectivas populações dos países membros da UE — e aqui está o seu caráter mais nocivo — a perda da identidade nacional como países cristãos e das autonomias próprias de estados soberanos. Estes são objetivos não abertamente confessados, mas que podem ser constatados nas “diretrizes” e “regulamentos” da Comissão Europeia nos campos do aborto, eutanásia, “casamento” homossexual, adoção de crianças, educação sexual nas escolas, política migratória, monetária, tratamento de refugiados políticos, posições referentes a “direitos” humanos, agricultura, e muitos outros.
Embora essas diretrizes não tenham caráter obrigatório, elas são “zelosamente” transformadas em leis pelos governos dos diversos países, a tal ponto que mais 30% das leis aprovadas pelo Parlamento Alemão nos últimos anos têm como origem as tais “diretrizes”.

O caráter ditatorial da União Europeia

Embora se diga democrática, a União Europeia tem na prática caráter ditatorial. Em tese, os regulamentos e as diretrizes emanadas de sua Comissão ou de seu Parlamento não têm força de lei, mas se não forem adotados pelos países membros, estes sofrem retaliações, como foi o caso da Hungria depois da eleição de Viktor Orban em 2010. Para se livrar mais rapidamente dos juízes da era comunista, o Parlamento húngaro diminuiu a idade de aposentadoria destes, mas foi obrigado pela UE a voltar atrás.
Caso mais gritante ainda aconteceu no dia 28 de maio deste ano. No último dia em que exercia seu cargo, José Manuel Barroso, presidente da Comissão Europeia, vetou a iniciativa cidadã One of Us, a maior petição da história das instituições europeias, apoiada por mais de dois milhões de pessoas. Ela pedia à UE que não mais financiasse qualquer prática visando destruir a vida humana antes do nascimento. Mas foi vetada antes mesmo de ser discutida no Parlamento!
Que rumo tomará a União Europeia com o novo Parlamento? Impossível prever, por enquanto. Mas uma coisa é certa: não será mais a mesma.

Últimos achados astrofísicos afinam com narração bíblica da Criação

Luis Dufaur

Clem Pryke, Jamie Bock, Chao-Lin Kuo e John Kovac em conferência de
imprensa, no Harvard-Smithsonian Center for Astrophysics, Massachussets.

Anunciada nos EUA uma descoberta que é um marco para a astrofísica

Liderados pelo astrônomo John M. Kovac, pesquisadores do Harvard-Smithsonian Center for Astrophysics, da Universidade de Minnesota, do California Institute of Technology, da Universidade de Stanford e do Jet Propulsion Laboratory da NASA anunciaram a descoberta da “primeira evidência direta” daquilo que os cientistas chamam de “inflação cósmica”.
A expressão indica a teoria segundo a qual, no segundo imediato ao “Big Bang”, o universo expandiu-se a uma velocidade inimaginável. O “Big Bang” (ou “grande explosão”) é a teoria que prevalece na ciência a respeito da origem do mundo, embora com muitas variantes segundo os diversos postuladores.
O novo trabalho também forneceria a primeira demonstração da existência das ondas gravitacionais, ondulações do espaço-tempo, previstas por Albert Einstein, mas nunca detectadas.
Os pesquisadores trabalham no Observatório BICEP2 (Background Imaging of Cosmic Extragalactic Polarisation), um radiotelescópio instalado no Polo Sul.
A descoberta “nos fornece uma janela sobre o universo em seu comecinho”, explicou o físico teórico Lawrence Krauss, da Universidade Estadual de Arizona State University, que não está engajado no trabalho.
Para Krauss, os achados constituem o maior passo da astrofísica nos últimos 25 anos, pois constituiria um dos maiores avanços na compreensão da formação inicial do universo, comentou o Times of Israel.
Os pesquisadores expuseram sua descoberta em conferência de imprensa no Harvard-Smithsonian Center for Astrophysics de Cambridge, Massachusetts, informou The Jerusalem Post.
“Este é o smoking gun da inflação cósmica” – comentou Marc Kamionkowski, físico teórico da Universidade Johns Hopkins.
South Pole Telescope, Amundsen-Scott 
South Pole Station.
Para cientista não-católico a descoberta confirma a Criação
A descoberta, entretanto, não teve repercussão só na ciência.
O professor Nathan Aviezer, da Universidade Bar Ilan, de Israel, e autor do livro In the Beginning (No começo), explicou que a descoberta vem em apoio do primeiro versículo do Gênesis, escreveu o The Jerusalem Post.
Segundo o Prof. Aviezer, a teoria do Big Bang defende que o universo no primeiro instante teve a aparência de uma enorme bola de luz, resultado da Grande Explosão (o Big Bang).
Segundo o Prof. Aviezer, esta teoria cientifica, acrescida das novas descobertas, se encaixa perfeitamente com o Gênesis, que ensina: “Deus disse: ‘Faça-se a luz!’ E a luz foi feita” (Gen 1:3).
Prof. Nathan Aviezer reage à descoberta:
isso é o que está no Gênesis
Por sua vez, o escritor e colaborador do Jerusalem Post, Izzy Greenberg, comentou o fato incontroverso: “Quando nós perguntamos como é que o mundo foi criado, podemos concluir que houve um ‘Big Bang’ e, portanto, um ‘Big Banger’ [Deus], pois a ciência não pode dizer o que é que causou o início, por que aconteceu e quando aconteceu”.
A Bíblia não é um livro científico, da mesma maneira que os livros científicos não são textos bíblicos ou dogmáticos. Misturar uma coisa com outra é um desserviço. Mas compreender as concordâncias entre um campo e outro é um fator de progresso.
Segundo o Prof. Joseph Silk, da Universidade da Califórnia e autor de recente livro sobre cosmologia moderna, “o Big Bang é a versão moderna da Criação do universo”, escreveu The Times of Israel.
No livro In the Beginning, o Prof. Aviezer cita até o Prêmio Nobel Paul Dirac, da Universidade de Cambridge: “Dirac diz muito claramente que a teoria do Big Bang implica em que ‘é certo que o universo começou num momento definido por um ato de Criação’, e Dirac é um grande ateu”.
Agora não é preciso recorrer à Bíblia para defender a Criação por Deus, disse o Prof. Aviezer. “É um exemplo da divina ironia que levou os cientistas ateus como Dirac e todos os outros a considerarem a verdade do Pentateuco. No momento atual, nós podemos dizer que a Criação é um fato científico”.
O Prof. Aviezer reconhece entrementes que não é finalidade da ciência provar empiricamente a existência de Deus, mas que ele quer apontar como as descobertas científicas concordam com o texto bíblico.

quinta-feira, 19 de junho de 2014

O Santíssimo Sacramento da Eucaristia e a solenidade de Corpus Christi em Orvieto

Paulo Roberto Campos

Excertos da matéria publicada na Revista Catolicismo, Nº 762 (junho/2014)

EUCARISTIA: A MAIOR MANIFESTAÇÃO DO AMOR DIVINO


Conforme Santo Tomás de Aquino, “todos os sacramentos estão ordenados para a Eucaristia como para o seu fim”. O Doutor Angélico ainda afirmou que a dádiva do Divino Sacramento é “uma graça de heroísmo na luta, e que seu efeito próprio é não só o de amortecer em nós o fogo das paixões, como o de tornar-nos invencíveis contra todas as potências infernais”. Ele defendeu a tese de ser o Santíssimo Sacramento o maior dos milagres operados por Nosso Senhor Jesus Cristo, o sacramento por excelência, a maravilha das maravilhas, o “Maximum miraculum Christi”.
Nesse mesmo sentido, Santo Agostinho, de modo muito inspirado, assim se manifestou sobre esse milagre divino: “Que Deus, como ser infinitamente sábio e infinitamente poderoso, não poderia e nem saberia dar-nos mais precioso mimo do que o da Eucaristia; visto que, neste dom, se nos dava a Si mesmo”.
Impossível maior manifestação de amor de Deus pelos homens, segundo o Apóstolo São João.“Tendo Jesus amado aos seus, que estavam no mundo, amou-os até ao extremo” (Jo 13,1).

“PANIS ANGELORUM” — O SOBRENATURAL ALIMENTO PARA NOSSAS ALMAS

Não seria, portanto, ingratidão para com Nosso Senhor Jesus Cristo desprezar essa tão excelsa manifestação do amor divino, se recusássemos esse “alimento espiritual” que Ele misericordiosamente nos concedeu? Claro que sim. Ademais, seria desprezar uma graça que aumenta nossa união com Deus, que nos propicia uma prelibação da visão beatifica; uma dádiva que nutre nossas almas, fortifica nossas virtudes, conserva e aumenta em nós a vida da graça (a vida sobrenatural); que nos dá forças para vencer as tentações, dominando nossas paixões desordenadas; além de apagar os pecados veniais, nossas faltas leves.
Segundo definição do Concílio de Trento (1545 – 1563), a Eucaristia é “um antídoto que nos purifica das faltas que cometemos todos os dias e nos preserva de quedas mortais”.
A INSTITUIÇÃO DA EUCARISTIA NA SANTA CEIA COM OS APÓSTOLOS
Nosso Senhor, em sua extrema manifestação do divino amor para com seus filhos neste mundo, nas vésperas de sua Crucifixão, Ressurreição e subida ao Céu, instituiu o sacramento eucarístico na Santa Ceia, a última com os Apóstolos, para não nos abandonar nunca, permanecendo na Terra até fisicamente presente no sacrário. Não apenas de modo simbólico, mas verdadeiramente presente sob as aparências das Sagradas Espécies consagradas (o pão e o vinho). Assim, habitando sempre entre nós — para ouvir nossas súplicas e atendê-las quando necessárias para nossa salvação eterna — cumpriu-se esta promessa divina: “Eu estarei convosco até a consumação dos séculos” (Mt 28,20).
Testemunharam-no os Apóstolos e registraram os Evangelhos: “Enquanto ceavam, Jesus tomou o pão, e o benzeu, e o partiu, e deu-o a seus discípulos, e disse: Tomai e comei; isto é o meu corpo. E, tomando o cálice, deu graças e deu-lho dizendo: Bebei dele todos. Porque isto é meu sangue (que será o selo) do novo testamento, o qual será derramado por muitos para a remissão dos pecados” (Mt 26, 26-28).
“Sacerdos alter Christus” (O sacerdote é um outro Cristo). Como ensina a Santa Igreja, na parte mais importante da Missa, que é a Consagração — pelo poder conferido por Nosso Senhor aos Apóstolos ao ordenar “Fazei isso em memória de mim” (Lc 22,19) —, a substância do pão de trigo e do vinho de uva converte-se em seu corpo e alma substancialmente, e em estado glorioso, impassível, intangível e invisível. O sacerdote na Missa — que é a renovação incruenta do sacrifício do Calvário — pronunciando as palavras sacramentais durante a Consagração, “agit in persona Christi” (atua na pessoa de Cristo). O sacerdote não diz “Tomai e comei, isto é o corpo de Cristo”, mas, sim, “Tomai e comei, isto é o meu corpo” — neste momento dá-se a “transubstanciação”, como muito apropriadamente denomina a Igreja.
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